Podre por dentro, a maçã não se dava o respeito. Fiquei olhando as vagas manchas, sentado ali naquela praia, apreciando os urubus no céu. Tinha mil maneiras de evitá-las, inclusive lançá-la inteira ao mar, sem sabor ou mordidas. Mas que dúvida entre fome ou crença? E talvez nem fosse maçã a fruta da árvore de Eva? Pareciam mitos sobrevoando, traçando círculos na compreensão perdida. Primórdios aos pedaços que agora não eram mais arrancados pela mãe, desejosa por limpar da fruta aquilo que não servia ao filho. Deu-me de serenar, porque o mal não entra pela boca, porque urubus não falam, porque havia entorno àquelas manchas pouco apetitosas. O ritmo de minha culpa poderia pairar como aqueles pontos pretos, já mais altos no céu, já alijados na polpa da maçã mordida.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
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