As caraminholas que escrevia nos caules das árvores promissoras já contavam parte da história de Fred. Naquele ipê amarelo, ainda infante, foi ele quem gravou “pé de paisagem”, que hoje se lê com clareza nas alvoradas dos dias, quando contrasta o céu com seus cachos dourados. Enfronhado nesses arredores da antevisão, Fred entalhou “curva do cuidado”, na então pequena e atual frondosa mangueira da beira da pista, na qual aquela família inteira morreu depois do choque. Nunca repetiu palavras, talvez porque as árvores sejam únicas. Mas a aldeia acompanhou zelosa aquela breve palavra que Fred esculpiu lenta e hipnoticamente: “próximo”.
domingo, 2 de outubro de 2011
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