
Dona Ernestina Moraes e Franco, paulistana da clara, nunca pode se casar. A aposentadoria integral sobre os soldos do pai, capitão do exército, promovido a general quando morreu há vinte anos, era-lhe extremamente bem-vinda, e seria suspensa caso, como dizia sempre, “contraísse o matrimônio”. Não faltava aos bailes, mas depois de ouvir dezessete vezes “Smoke gets in your eyes”, na voz de Osvaldo, decorou o verso que dizia “All who love are blind”, embora só falasse, e mal, o francês, apresentado como fino às damas do quartel. Osvaldo a convenceu a ficar com ele, mas preservou a pensão do falecido sogro. “Já vivi no movimento clandestino, em 1970”, confidenciou a um amigo...
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