Era o enlace de Grace e não poderia faltar glacê no bolo. Sempre doce, a moça assentia às vontades da gula, que mantinha acesa desde cedo, quando pouco sabia dessas coisas da obesidade. Quando motivo de zombaria, ria. Nenhuma zanga, se tratada por baranga. Afeita às ponderações, sorria às tontas, pensasse no amado Aurélio, numa torta de caramelo ou em quem pôs a luz no rabo do vagalume. Sempre zen. As manhas do corpanzil às conhecia de cor, porque delas arrancava chocalhos de deleite à Lua; ambrosias de satisfação ao Sol. Só fazia crescer por si toda a admiração do mundo. Uns calaram-se insuspeitos enquanto ela subia ao altar. Outros, ambíguos, contabilazaram derrotas, pela ausência da mesa posta. A aldeia não ficou alheia. Tal estampido de bombas, claustro eterno ou motim, todos souberam que Grace vociferara rouca o “sim”!
segunda-feira, 4 de abril de 2011
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