sábado, 30 de abril de 2011
Vocal a mil
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Arma sob medida
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Mandaram apertar
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Impaciência enervada
terça-feira, 26 de abril de 2011
Dispor desse
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Você vai pensar
domingo, 24 de abril de 2011
Cura de manias
sábado, 23 de abril de 2011
Fossem dissidentes
Tivessem desencaminhado a intimidade mental do adolescente e tudo bem. Mas elas encaminharam-no para as aulas de terapia ocupacional, então...
Então, foi assim: depois de refrear-se, o meninão ocupou-se terapeuticamente à sua maneira. A plantar hortaliças, decidiu furtar sementes. A enterrar pequenas mudas, outros amigos. E tornou-se o “maníaco da horta”, quando as manchetes dos jornais fizeram a cobertura do caso. Para o repórter que lhe interrogou sobre as causas de tantos crimes, fez questão de declarar que os dedicava às duas senhoras da instituição. Então dissidentes, para preservarem a imagem da entidade, disseram que não tinham nada a declarar.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
No outro lado
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Água-furtada
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Vou carecendo
terça-feira, 19 de abril de 2011
Dali para
segunda-feira, 18 de abril de 2011
A relação
domingo, 17 de abril de 2011
Lá, Sílvia
sábado, 16 de abril de 2011
Deu entrada
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Tornei-me toureiro
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Com o pé
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Cada madeixa
terça-feira, 12 de abril de 2011
Bajulador, assim
segunda-feira, 11 de abril de 2011
...porém houve
domingo, 10 de abril de 2011
Incapacidade para
sábado, 9 de abril de 2011
Duma sede
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Cala a boca
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Acordou desconfiado
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Seria uma
terça-feira, 5 de abril de 2011
Moro numa
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Era o enlace
domingo, 3 de abril de 2011
De vez
sábado, 2 de abril de 2011
A alma exercita
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Como sempre
Como sempre trouxesse para si o que era alheio, justificava-se dizendo que Karl Marx, cansado de sua dureza, criou para si próprio seus pensamentos econômicos. Que Schopenhauer, entediado com o mundo, escreveu o que escreveu para uso pessoal. Silvério era, enfim, a própria justificativa de sua vida sem grandes ideias ou realizações generosas. Imbuído de repentina megalomania, no entanto, pensou em escrever a obra definitiva da literatura do mundo. Tratou advérbios com a fineza dos pronomes, remanejou elipses, hiperbolizou conclusões, capazes de minimizar Cervantes ou tornar Camões um amador nas rimas. Sem pensar em convencer o leitor, mas antes a si próprio, tirou o “sil” de seu nome, assinando apenas Vério, para trocadilhar com velho (sábio), vero, verdadeiro. A proliferação de textos provavelmente o salvou do suicídio, mas não houve um são editor que a quisesse publicar.