
Larica era mentira. Fome mesmo. Desculpa inútil. Antecessores também chegaram famintos. Inocência de rodoviária. Vergonha sem medida. Parecer gente do meio é a razão. Dá pena. O ardil vai começar. A ferocidade da cidade mal desembarcou. Qualificação nenhuma. Vontade visionária. Abundância de prodígios. Todo dia é assim. Declarações desapegadas. Saudade à sombra. Dinheiro em lágrimas. Afeitos a sonhos. Dá para profetizar um calvário interminável. Tantos e perplexos. Olhos das ruas. Medo do pecado. Subemprego da contemplação. Outras e muitas fomes. Cidade enorme. Gente pequena. Juntar para voltar. Árduos manuscritos à família: mentira dos êxitos. Labuta e luta. Encantos provisórios. Melhor ficar. No pra trás era pior. Memória vertebrada. Tumulto de caprichos: um aparelho de som. Pudor perdido. Fome mesmo. Vergonha milimétrica. Subúrbio e lama. A carne barata da nissei. Nunca vira aquilo. Negócio da China. Cidade boa. Morrer de louros. Adequação incomensurável. Voltar, não.
Não deve voltar mesmo. Embora labiríntico, seu texto segue pra frente. Eu te seguirei!
ResponderExcluirMaravilhoso texto, amigo Alaor.
ResponderExcluirEu gosto muito quando você explora a palavra e retira dela todo o seu sumo.
Isso é mais forma que conteúdo e isso não é ruim porque o conteúdo é significativo. É universal na experiência cultural do brasileiro.
Fiquei sumido um pouco. É fim de ano e professor sofre pra valer.
Abração!