Daria tempo, se ele quisesse. Sempre foi bom no desvio. Não havia colher caída, à beira de tocar o chão, que ele não pegasse no ar. Esquivo até no caráter, duvido que lhe escaparia uma oportunidade ou um olhar alheio. Ah, ligeiro! Houvesse algo que jamais lhe faltou, seria o reflexo. Agora me lembro quando Juliana quis quebrar-lhe os óculos, tirou o rosto num instante, sem tempo pra moça. Uma onça ela estava. Sem chances. É por isso que não acredito no acaso. Dessa vez não foi homicídio praticado pelo atirador de facas, foi suicídio mesmo. Caso tivesse vontade de viver, Dario teria desviado daquela última lâmina.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
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