
Suar o suor alheio soaria nojento. Melhor, do alheio, extrair-lhe a riqueza do trabalho, e devolver-lhe nada, ou elogios baratos. Tal fez a família Phyjulles D’imartti, na noroeste paulista. Bisavô grileiro, avô fazendeiro, pai empreiteiro. Do primeiro uma herança de matanças. Do segundo, as diversões pelo mundo. Do terceiro, negociatas, o tempo inteiro. Se dela poderia sair alguma coisa, boa, não seria.
Entre franças e champanhes, lembranças nobres e vaidades pobres, surge o acusado: Edgard, já neto. Ao escrivão de polícia que lhe replicou a pergunta: “do quê?”, para preencher o sobrenome da família, Edgard não pode encher a boca de Phyjulles D’imartti, como faziam os seus avós, pais e tios, nos encontros sociais. Teve que soletrar: p, h, y, j, u, l, l, e, s, suando frio, nojento de raiva.
- Ô Vandílson, conduz “o autoridade” aqui pro quartinho 21. O safado foi flagrado furtando os toca-CDs dos carros no estacionamento da família. Quis culpar uns inquilinos aí. Diz que os caras são inadimplentes...
Meu caro Alaor,
ResponderExcluirObrigado pelas palavras generosas. Eu costumo pensar este espaço virtual como um palco no meio do mundo.Uma Ágora gigantesca e democrática da pós-modernidade(?).
Saiba que leio constantemente as suas micro crônicas cretinas. Eu sinto que há nos seus escritos uma certa proximidade (humildemente falando) com o que eu escrevo em versos e também em prosa. Veja o meu conto Aiabá.
Um abraço
Sérgio.