
Fazia do cardápio da morte sua ração de vida. Megalomaníaco, vangloriava-se de já ter bebido mais de cem alqueires de cana e comido um cardume, frito pelo português ou aberto nas latas de gomes da costa ou “da coqueiro”.
O tempo, senhor dos estômagos, logo tratou de estragá-lo. Na emergência do postinho de saúde da vila, entre cólicas lancinantes, desmaios pungentes e zonzeira aflitiva, balbuciou à Gertrudes, sua parceira sexagenária: “na dúvida, Gegê, junte àquela lista de coisas do cemitério uma ave-maria”...
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