
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Desde cedo

segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Havia o vento

domingo, 29 de agosto de 2010
Da primeira

sábado, 28 de agosto de 2010
Ante o exposto

Não que ele fosse sempre pertinente, mas dessa vez até dona Zélia, a liberal moradora do 21, concordou com Juarez. Não porque a festa de Homerinho, o playboy do 42, não tivesse deixado ninguém dormir durante toda a noite. Não pela imoralidade das moças que desceram nuas pelo elevador social. Não pelo bullying que fizeram com Seo Tiãozinho, porteiro há vinte anos, que jamais havia tomado um porre em serviço. Não porque no 101 o resgate pegava Seo Thomé, que acabara de falecer. Não pelos nervos da viúva Jandira, que naquele dia a puseram aos gritos. Mas, sim, porque o condomínio é sempre muito calmo, e isso não se faz.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Pois é

quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Por demais

quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Naquele tempo

No primeiro mês, a novidade engordou os cães. E, o melhor, Antenor conseguiu novo emprego. Trabalhou com afinco até conseguir retornar ao pet-shop, e reincluir a ração na dieta dos bichos. Machos e fêmeas o odiaram. Só não o desprezaram por completo porque ele já não parava em casa. Um e outro rabo sempre abanava, assim que ele aparecia.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Patrioteiro extemporâneo

De tanto tentar legalizar o fumo pernambucano, tombar a malícia baiana, apadrinhar a paciência mineira ou institucionalizar o estresse paulista, foi preso por insubordinação. Na cela, não perdeu o ufanismo: entre grilhões que o forjavam à forra, declarou-se mártir. Um novo Policarpo Quaresma.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
A decepção

domingo, 22 de agosto de 2010
Devoto à lógica

sábado, 21 de agosto de 2010
Minotauro tenso

sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Dá dó de ver

Dá dó de ver o Fábio. Passa empombado, gavião, peru. Deixa nacos de riqueza ao povo. Gorjetas de desprezo, sobras de caridade, esmolas em gotas. Até amores deu pra ter. Imagine? O Fábio? São "coisas", aquelas. Paixões por holofotes ou amor em dólares. Acha? Pior é a arrogância líquida que ele derrama nos barzinhos e boates. Lambuza. Justo o Fábio, humildezinho de antanho. O que é que não faz uma loteria? Duvido, mas duvido mesmo, do fundo de toda a intimidade que dediquei àquele ingrato, que ele definitivamente não sente mais nada por mim: só essa indiferença atávica! Sorte que eu nem ligo. Levo minha vidinha como sempre fui.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Ameaçou contar

quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Ô encrenca

terça-feira, 17 de agosto de 2010
Do jeito

segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Ajoelhava e vibrava

domingo, 15 de agosto de 2010
Fácil sempre

sábado, 14 de agosto de 2010
Não procede

sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Passou do ponto

quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Quis quixotar

quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Cacarejou reclamações

terça-feira, 10 de agosto de 2010
Cisma sempre

segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Brecha e meia

domingo, 8 de agosto de 2010
Deu a deixa

sábado, 7 de agosto de 2010
Pastoso ainda
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Depois afastei

quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Gancho de prata

Gancho de prata sem movimentos ou gestos, Abundâncio o tinha à ponta do braço esquerdo, só de farra. Dizia-se “maneta”, contrariando Edite e as legislações que impediam tal tratamento a alguém que porta deficiência física. Da troça à pecha havia evidentemente a farsa, que foi tratada por amigos igualmente incorretos com a denominação “capitão”, precedendo o nome de Abundâncio ou apenas “gancho”.
Como na cidade não houvesse peters-pans, capazes de desdenhar o embuste, Edite ergueu a guarda, em sentida síndrome de fada Sininho. Com cólicas de desejo, larguras nos decotes e lençóis frescos sentenciou concisa ao marido farsante: “de hoje em diante você tira o gancho ou vá viver com seus piratas”.
Como na cidade não houvesse peters-pans, capazes de desdenhar o embuste, Edite ergueu a guarda, em sentida síndrome de fada Sininho. Com cólicas de desejo, larguras nos decotes e lençóis frescos sentenciou concisa ao marido farsante: “de hoje em diante você tira o gancho ou vá viver com seus piratas”.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Alimento farto

terça-feira, 3 de agosto de 2010
Céu sereno

segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Da margem

domingo, 1 de agosto de 2010
Traste e bufão

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