quinta-feira, 1 de julho de 2010

Não estou sendo

Não estou sendo infame com você. Ando desguaritada e você sabe bem o porquê. Ainda não sarei. Minha vida é trabalho e cama, de um ao outro, numa dificuldade incrível, claro, sem a mínima vontade de um e com infinito desejo de não sair do outro. Pode ter sido recaída, por abuso, então, mais uma vez, você é o responsável. Às horas tantas, você diz: “bom, agora tá no momento da verdade!”. Confesso que suei frio. Baixou aqui a nega fatalista,e não foi sem motivo, né? Senti uma estupidez vaporosa naquela mesinha do bar, mas me mantive firme e pensamenteira O que for saindo vou retrucando. Achei até que você carecia desabafar, contar do seu eu. O eu da neguinha aqui agüentou. Aquelas suas histórias de nadar no riozinho quando criança foram bonitas. Aquela outra, do que julgou ser sua primeira paixão, já me acabrunhou. Foi piorando, quando você protelou pra dizer que era. Você me conhece suficientemente para saber que eu odeio intimismos velados. Aí surgiu o Ubiratã, garçom. Você ficou calado. Mas quando me disse que o Ubiratã não estava apenas fisicamente, ali no bar, mas era o personagem de sua história, minhas pernas bambearam. Entendi o motivo para irmos sempre àquele lugar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário